ABSTRACT This paper analyzes the relationship between crime and contemporary art based on the traumatic realism employed by Guatemalan visual artist Aníbal López in the 2000s. For this purpose, the idea of “crime as a work of art” is considered one of the most important modes of poetic elaboration of trauma in contemporary culture. The underlying hypothesis is to emphasize the institutional dimension of that elaboration, including the critique of the production and circulation systems of art. As will be seen, part of Aníbal López’s artworks discursive power comes from the deliberate clash between two distinct contexts: on the one hand, the traumatic environment of violence, crime, and poverty in Guatemala in the 1990s and 2000s; on the other, the institutional context of the globalized contemporary art world, with its sophisticated rites, its exotic and cultured fauna, its own places of exhibition and legitimation.
RESUMEN Este artículo analiza la relación entre criminalidad y el arte contemporáneo desde la perspectiva del realismo traumático movilizado en la obra del artista visual guatemalteco Aníbal López durante la década del 2000. Por lo tanto, se considera la idea límite del “crimen como obra de arte” como una de las formas de elaboración poética del trauma en la cultura contemporánea. La hipótesis de fondo, consiste en resaltar la dimensión institucional de esa elaboración, incluyendo la crítica a los sistemas de producción y circulación del arte. Como se verá, parte del poder discursivo de las obras de Aníbal López proviene del choque deliberado entre dos contextos dispares: por un lado, el entorno traumático de violencia, delincuencia y pobreza en Guatemala de las décadas de 1990 y 2000; por otro, el contexto institucional del mundo del arte contemporáneo globalizado, con sus ritos sofisticados, su fauna exótica y culta, sus propios lugares de exhibición y legitimación.
RESUMO Este artigo analisa a relação entre criminalidade e arte contemporânea a partir do realismo traumático mobilizado na obra do artista visual guatemalteco Aníbal López durante os anos 2000. Para tanto, considera-se a ideia-limite do “crime como obra de arte” como um dos modos de elaboração poética do trauma na cultura contemporânea. A hipótese de fundo consiste em ressaltar a dimensão institucional dessa elaboração, ali incluída a crítica aos sistemas de produção e circulação da arte. Como se verá, parte da potência discursiva das obras de Aníbal López advém do choque deliberado entre dois contextos díspares: de um lado, o ambiente traumático de violência, criminalidade e pobreza da Guatemala dos anos 1990 e 2000; de outro, o contexto institucional do mundo da arte contemporânea globalizada, com seus ritos sofisticados, sua fauna exótica e culta, seus lugares próprios de exposição e legitimação.